terça-feira, maio 31, 2005

Quase

Cada vez mais tenho a impressão de que "nada se cria, tudo se transforma". À medida que a gente vai ficando velho, vai percebendo que não só fatos, mas até pessoas se repetem em nossas vidas. Com algumas variações, é claro. Para o bem, ou para o mal. E com tudo isso, ainda insistimos em achar que estamos experimentando algo totalmente diferente. Pra, meio metro depois, bater com a cabeça no muro e acordar do sonho. Mas, sabe, o que me encanta de verdade é essa magia da vida, a forma tão especial que ela tem de se comunicar com a gente, e que só não entende quem vive dormindo, drogado, desinteressado. As experiências mágicas pelas quais passamos nos mostram que existe mesmo um mistério na vida e que estamos ligados por ele. Somos todos um "quase", nunca inteiros. E é isso que faz de nós seres "em busca de". E quem está "em busca de" vive no risco. E viver no risco é o sal, o doce, o gosto da vida. Captou? Basta querer, basta aceitar, basta abrir a caixa, que entra na cabeça fácil, fácil...

terça-feira, maio 17, 2005

E o saquê tava geladinho!

Ele chegou de cavanhaque e costeletas, promovendo ali, na frente de uma simples e frágil donzela, uma mistura irresistível de Elvis Presley com Raul Seixas. Nas mãos, uma garrafa de saquê nacional. Vestia uma calça jeans escura e uma camisa em tom pastel, cheia de listrinhas. O cheiro? Da rua mesmo. Sem perfume, do jeito que ela gostava. Estavam sobre (sobre mesmo e não "sob") nuvens brancas e raios fortes de um sol alaranjado. É, a metáfora é de difícil compreensão mesmo. Deixa pra lá... Ambiente perfeito, papo agradável e todos os elementos químicos combinados. Poderia ser melhor? Hummm... Ela estava certa de que não. A hora dele ir embora chegou e, tempos atrás, seria motivo para a singela moça lamentar e chorar. Mas, inesperadamente, seu coração foi invadido por uma paz, uma impressão de que o passado não mais a atormentava e de que ela havia se libertado da dor. O sentimento, antes avassalador, estava mais brando. Era amor, mas ardia menos, machucava menos. E a certeza (cada vez mais forte) de que Raul Presley faria parte de sua vida de uma forma bem mais saudável - talvez como amigo, cúmplice, confidente - a invadiu de um jeito tão forte, que, assim que ele se foi, ela mergulhou num sono profundo e tranqüilo, como adormecem as princesas dos contos de fadas. Ela jamais havia dormido assim, quando esse artista cantava no palco do seu coração. Ah! E o saquê tava geladinho, geladinho...

sexta-feira, maio 13, 2005

Fui...

A véspera é hoje. Véspera do início de uma nova vida. 2004 foi um ano de grandes aprendizados e 2005 já está me ensinando muito. Hoje, entendo melhor a vida e brigo menos com ela. Sou mais consciente do que me faz bem e do que me faz mal. Conquistei um objetivo, realizei um desejo que, há tempos, habitava aqui dentro do meu peito... Cheers!

xxx

Àqueles que me ajudaram nessa empreitada deliciosa, principalmente Veroca e Guigui.