quinta-feira, junho 19, 2008

A arte de fazer sorrir

Sempre fui mais de sorrisos do que de gargalhadas. Nada contra as risadas mais intensas, mas é que - para mim - nada se compara ao efeito de um sorriso. Tanto para quem sorri quanto para quem o recebe. E olha que fazer alguém sorrir não é fácil. Falo daquele sorriso que chega pra ficar algumas horas estampado no rosto. Aquele que, quando você cai em si, já está com a boca doendo e gasta de ficar na mesma posição. Um sorriso que a gente nem sente quando se põe sobre o semblante e resiste em deixá-lo ir embora. Pois esse fim de semana tive a oportunidade de sorrir mais do que o normal - sim, eu sorrio bastante, sou daquelas bem simpáticas, que as vovós apertam a bochecha e tudo - e foi uma grande experiência. Por isso, deixo aqui a minha dica para o dia, para a semana, para o mês, para o ano, para a vida toda: sorria! Não, você não está na Barra. Mas está entrando em contato com o que há de melhor aí dentro... É, aí mesmo. Dentro de você.

Esse post com cara de texto de "auto-ajuda" - mas não é!!!!!! - é dedicado a Joss Stone e Bob McFerrin, os responsáveis pelas mais de 4 horas ininterruptas de sorriso em meu rosto. Agora, pra completar, uma limonada, por favor!

domingo, junho 15, 2008

This Blog Makes Me Think







Minha recente amiga blogueira, Chris, que traduz muito bem as alegrias e agruras do universo feminino no blog "Espartilho" me indicou ao selo "This Blog Makes Me Think". Deixo aqui registrado o meu agradecimento pelo carinho e a minha felicidade por saber que o "Mente Inquieta"anda alçando vôos mais longos...

Aproveito para indicar ao selo outros blogs, de pessoas muito especiais!

Babelturbo

Antigas Ternuras

Só Pra Barbarizar

Bom Dia, Alegria

quinta-feira, junho 05, 2008

Hein?

Há pessoas que dizem e acreditam piamente que o "barato" da vida são os sinais e caminhos que ela nos mostra o tempo todo. Basta um mínimo de sensibilidade e - bingo - lá vem ela dizendo: "É melhor por aqui", "Você vai por aí mesmo?", "Que tal desviar por aqui?. E vamos nós fazendo escolhas pelo mundo afora...

Pois esses dias, dois fatos curiosos se deram seguidamente. Fui assistir a uma peça chamada "A Arte de Escutar", na Casa de Cultura Laura Alvim. É a história de uma menina que, desde pequena, ouve mais do que fala. Aprendeu, ao longo dos anos, a escutar histórias diversas, de pessoas conhecidas ou não. Testemunha de seu próprio silêncio, terapeuta involuntária das palavras alheias. O texto propõe uma profunda reflexão sobre o ato ou a prática de ouvir o outro. E faz pensar, caro leitor, ah se faz...

Poucos dias se passaram e a mocinha serelepe, de mente inquieta, tira de sua coleção de leituras incompletas - derivadas de uma "passadinha" de três horas numa livraria qualquer (vide post abaixo) - uma revista antiga, onde há uma matéria sobre um sujeito que cansou-se de falar e resolveu ficar 15 dias mudo, sem nenhum contato verbal com uma alma sequer. O relato desse apirante a monge budista para alguns, louco para outros e normal para mim é tão incrível, que minha vontade foi calar-me imediatamente por tempo indeterminado. Só de pensar me veio um alívio...

Enfim, cheguei até aqui pra dizer que estou meio confusa em relação a esses sinais de silêncio que a vida vem me dando. Das duas uma: ou ela está num momento "do contra", querendo me mostrar que o negócio é ficar calada, numa fase em que ganho a vida falando - para quem não sabe, apresento um programa de rádio e sou locutora de um canal de tv, ou seja, parar de falar neste momento significa que não poderei mais garantir o leite das crianças - ou então quer me dar sinais de que o melhor a fazer - fora dos momentos de batente (ufa!) - é exercitar cada vez mais esse dom que todos temos, mas às vezes - ou quase sempre - esquecemos de colocar em prática: o dom de ouvir.