quinta-feira, julho 21, 2005

Saber perceber...

Enquanto espera para fazer uma entrevista com um astro do rock brasileiro, a mente inquieta começa sua atividade. Aliás, já tinha começado desde que sua dona havia aberto os olhos naquela manhã. Ela pensa: "Ando demorando demais para escrever"...

Semanas atrás, ela entrevistou uma atriz brasileira do primeiro time e o papo havia sido justamente sobre sentimentos traduzidos através das palavras. Ela ouviu algo do gênero: "As histórias de amor são publicáveis quando há sofrimento. Quando não há, não temos necessidade de colocá-las no papel". A mente inquieta teve que concordar. É a mais pura verdade. É do sofrimento que saem as palavras mais belas, a inspiração mais profunda, as idéias mais fervilhantes e, por fim, o amadurecimento.

Sofrer por amor? Faz parte, amigos. Chegar à conclusão de que o homem da sua vida não cabe dentro de você e vice-versa? Também é peça do jogo. E, confesso, passar por isso não é mole, não. Dói, machuca a alma, acaba com a gente. São muitas sensações para um único coração. Mas, é incrível perceber que, ao contrário de todas as previsões, ele agüenta. É muito mais forte do que se pode imaginar e talvez seja o único órgão do corpo humano que aprende junto com a gente e, se inteligente for, armazena sentimentos acumulados, faz uma seleção e fica com os melhores. Ah, o coração...

Já ia me esquecendo de citar a princesa, personagem sempre presente aqui e com uma das mentes mais inquietas que já conheci. Ela passou pela situação citada acima. E, se preciso fosse, viveria esse mesmo amor outra vez. Pois ela aprendeu muito e amou com nunca havia amado antes. Viveu momentos maravilhosos, onde a felicidade parecia ser o alimento da Terra. Viveu momentos ruins, em que a tristeza parecia ter garras afiadas. Aquele castelo, um dia, foi uma casa mal-assombrada; outro dia, uma plantação de maçãs envenenadas e outro dia, um jardim florido, cheio de hortências cor-de-rosa.

Hoje, ela consegue ver que a felicidade é possível sem o príncipe das notas musicais, que o amor pode ser transformado, que Raul Seixas e Elvis Presley tiveram um papel muito importante em sua vida e nela viverão para sempre. Mas, de um outro modo. Seu coração bate mais tranqüilo, se reinventa para receber.

E, assim que ela percebe isso, algo muito especial já começa a acontecer! Aquele sapo, para quem ela não ligou a mínima quando chegou ao castelo, começa a falar alto em seus ouvidos, e faz com que ela perceba que sua pele crespa e textura úmida têm significado. A princesa começa a enxergar o valor das coisas feias e belas e também das coisas que parecem insignificantes, mas que podem ser eternas enquanto durarem em sua vida...

Aos aventureiros do Planeta Vermelho e a todos que têm o amor da princesa...

4 comentários:

Anônimo disse...

Oh! L'amour!
A Princesa descobriu que não amamos somente uma vez na vida, mas diversas vezes...e todas elas de formas diferentes. O fato de amarmos uma pessoa hoje e nos relacionarmos com ela, não significa que não amemos outra. Nossos corações são enormes; sempre haverá espaço para pessoas especiais, porém, como vc colocou muito bem, temos que faxiná-lo constantemente para sempre caber mais um. Parabéns Bonitinha!Beijocas, Re

Marco disse...

É, minha Bella Isa. A vida não é para amadores. A vida é para profissionais. Os gregos antigos não localizavam o centro das emoções no coração. Para eles, era no fígado que se atingia o emocional. Chega a ser até mais emblemático, uma vez que se tirar um pedaço do fígado ele se regenera. Agora, se fatiar o coração, babau. Segundo os gregos, no coração ficava a razão. Daí, vem a origem do saber “de cor” ou “decorar”, onde se vê o radical “cor” de coração.
Mas esse comentário não é uma aula de anatomia. É para dizer que se as nossas emoções ficam em um órgão regenerável, os próprios sentimentos sempre vão se regenerar. E lidar com isso é que nos torna profissionais em viver.
Viva, minha Bella Isa. Regenere-se. Ame e se deixe amar.
Com um beijo grande de quem aprendeu a te gostar muitão.
Marco
P.S. Quando puder, apareça no antigasternuras.blogspot.com

Anônimo disse...

Ah, amiga.. o coração aprende. Agüenta, aprende e sai mais do que fortalecido: sai novo, e pronto pra outra. Mas, dessa próxima vez, ele vai fazer diferente, já que aprendeu que não se deve isso, que aquilo ali faz bem pra ele. E assim a gente continua viva, nêga.
;)

Anônimo disse...

Bellíssima Princesa dos olhos cor de mel!
Esse seu brilho contagia cada vez mais. Passei a ser um leitor assiduo, buscar cultura e inspiração hoje em dia...pode-se fazer de várias maneiras, definitivamente, vc é uma fonte...e das boas.!
Amar e se deixar amar...sorte dos que aprendem com a vida. Mais sorte ainda tem os de participar da sua. Diria que é um previlégio!
Minha admiração pelos talentos da Princesa crescem a cada palavra trocada, carrego com muito orgulho a chance de poder fazer parte desta luz que te ilumina.
Vc é incrivel!!!!