segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Sai desse corpo que não te pertence!
Por favorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!! Pára o bonde que eu quero descer!!! Dia desses resolvi ligar a televisão por volta das 13h para almoçar acompanhando o noticiário. Foi quando veio o intervalo e eu, sem saber o que me esperava, resolvi zapear. Pra quê?! Parei num desses canais que vendem espaço para qualquer - eu disse qualquer - tipo de programa. Foi quando me deparei com dois pastores, num fundo preto, jogando papéis com os nomes e as datas de nascimento de pessoas, numa espécie de triângulo branco, que fica sobre uma mesa, apelidada por eles de "Reino da Luz", onde - eles garantem - mora a salvação. O discurso dos pastores é sobre o que eles chamam de "A Maldição dos Ancestrais". Eu explico: a tal maldição é o que acontece repetidamente com você e pessoas da sua família. Vícios, desilusões amorosas, doenças e afins. Isso mesmo: para as supostas bondosas criaturas sentadas à mesa, coisas que acontecem ou por uma questão genética, hereditária ou por que tiveram que acontecer mesmo e paciência, são responsabilidade de algo chamado "A Maldição dos Ancestrais". E você só se livra dela quando seu nome entrar no "Reino da Luz". Consultas constrangedoras são feitas por telefone e, pasmem, ele não pára de tocar. Encontros são marcados nas igrejas, promessas de ajuda são feitas, o nome de Jesus é falado umas 897 vezes e... Chega, né, pessoal! Quando vi, estava hipnotizada pelo tamanho absurdo a que estava assistindo, sentindo uma mistura de pena daquela gente com indignação por aquele programa abominável ter me prendido por tanto tempo. Mas, confesso, queria ver até onde ia tamanha bizarrice. O que me dói mais nessa história toda é saber que, num horário tão importante, a tv aberta não tem nada melhor a fazer do que aceitar dinheiro da Igreja para promover lavagem cerebral, através de um programa que representa o desrespeito e a descrença na inteligência de um povo carente de boa informação.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Livros no Carnaval
O Carnaval foi na serra, regado à comida caseira, queijos, vinhos, com direito à melhor trilha sonora: árvores inquietas sob o efeito do evento, cachoeira em plena atividade, passarinhos idem. Tenho que confessar que não resisti a um cineminha na calada da noite. E acabei ligando a televisão para assistir a alguns filmes em DVD.
Eis que começo a ver "Farenheit 451", primeiro filme de François Truffaut em língua inglesa, considerado um clássico da sétima arte. Na verdade, coloquei o filme tão tarde, que dormi na primeira metade. Filme estranho, com gente esquisita, mas que me deixou muito curiosa, me prendeu. Um dia hei de voltar à parte em que parei para saber como acaba a história.
Num futuro qualquer, as pessoas são proibidas de ler e uma equipe de bombeiros corre atrás dos últimos exemplares para quimá-los todos. O que seria da sua vida se você não tivesse o direito de ler? Só de levantar essa questão, o filme já causa claustrofobia e vale a pena.
E você, se arrisca a responder essa pergunta?
Eis que começo a ver "Farenheit 451", primeiro filme de François Truffaut em língua inglesa, considerado um clássico da sétima arte. Na verdade, coloquei o filme tão tarde, que dormi na primeira metade. Filme estranho, com gente esquisita, mas que me deixou muito curiosa, me prendeu. Um dia hei de voltar à parte em que parei para saber como acaba a história.
Num futuro qualquer, as pessoas são proibidas de ler e uma equipe de bombeiros corre atrás dos últimos exemplares para quimá-los todos. O que seria da sua vida se você não tivesse o direito de ler? Só de levantar essa questão, o filme já causa claustrofobia e vale a pena.
E você, se arrisca a responder essa pergunta?
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