É com muita alegria que venho, por meio deste local onde descarrego toda a minha energia literária, dizer que ficarei um tempinho sem postar por aqui. O motivo é nobre: férias, depois de 5 anos sem sair de cima. Mas, a notícia boa é que 30 dias passam muito rápido e, em breve, meus dedinhos voltarão a traduzir em texto todos os pensamentos que minha mente serelepe e inquieta fabricar neste período. Portanto, sintam muitas saudades para que possam voltar daqui a um mês e conferir os devaneios fresquinhos de Isabella Saes. Obrigada a todos pelas visitas assíduas e sejam sempre muito bem-vindos!! Afinal de contas, "mi casa, su casa".
sexta-feira, agosto 29, 2008
sábado, agosto 16, 2008
O melhor do mundo
Acabo de me emocionar profundamente com o ouro de Cesar Cielo Filho nas Olimpíadas de Pequim e, apesar de estar me acostumando, fico muito feliz todas as vezes que o fenômeno "Phelps Midas" sobe ao pódio. Cada um no seu quadrado, ou melhor, retângulo, ou melhor, raia superando seus limtes. Aliás, assisti à prova num restaurante, onde todos comemoraram essa vitória como se fosse a final do Brasil na Copa. Como deve ser incrível ser o melhor do mundo, nem que seja por alguns minutos! Foi quando, de repente, me dei conta de que, talvez, o esporte seja a única ou uma das únicas atividades em que o reconhecimento vem exclusivamente por mérito. Nas piscinas, nos ringues, nas pistas de atletismo, enfim, em qualquer campeonato, vence o melhor e ponto final. Não tem QI - o famoso "Quem Indica" - não adianta dar pro técnico, de nada serve ser amigo do amigo, nem filho do presidente do COI. E mais: é o único salário - seja em ouro, prata ou bronze - que é recebido com muita vibração, socos na água, chutes no ar, lágrimas e sorrisos. Não que eu não sinta emoção alguma ao fazer uma ótima reportagem, ao ter um conto publicado, ao terminar meu programa de rádio ou ao gravar uma locução. Não que eu não comemore um bom salário, um mês mais lucrativo. Mas a vibração é mais discreta. Não fico pulando em frente ao caixa eletrônico, quando saem as verdinhas saltitantes e não bato na bancada da rádio toda vez que acabo de apresentar o "Blush". No esporte é diferente. Deve ser. Sinto que é. Enfim, são só refelexões... Reflexões que me deixaram com uma vontade enorme de me tornar atleta. Será tarde demais?
sábado, agosto 02, 2008
Ordem Natural das Coisas
Hoje tentei, por muitas vezes, acender um abajour que estava fora da tomada. E, enquanto ficava fazendo aquele insuportável "tlec-tlec" com o interruptor, falava assim para Dalai (Dalai, o Lama mesmo, é o apelido que dei ao meu marido, que sempre me dá provas de que tem parentesco muito próximo ao líder espiritual e político do Tibet. Esse santo homem - falo do maridão - é realmente um oceano de sabedoria.): "Mas essa lâmpada mal foi trocada e já queimou?" Quando escuto: "Meu amor, está desligado da tomada". Nessas horas, tenho vontade de ser uma tartaruga para poder esconder minha cabeça dentro do casco e ainda colocar o simpático e acolhedor aviso de "Não perturbe".
Bem, o fato é que com a quantidade de comentários feitos em solidariedade às minhas maluquices - vide post abaixo - fiquei um tanto mais aliviada por saber que não estou mesmo sozinha nesse mundo acelerado que, muitas vezes, faz a gente se distrair mais do que o indicado. Sim, digo indicado porque, em alguns momentos, pegar carona numa nuvem para ir ao mundo da lua se faz muito necessário. Só é grave se você for até lá e resolver ficar. Aí a porca torce o rabo e a cobra fuma.
Mais aliviada ainda fiquei quando, trocando um dedinho de prosa com a minha terapeuta na semana passada, tentando entender o motivo de uma grande amiga ter desenvolvido uma doença tão nova, me dei conta de algo que ainda não havia pensado. Estabeleceu-se o seguinte diálogo:
Isabella: "Está tudo bem, a doença está controlada, ela está encarando com otimismo... Mas é minha amiga de infância, é nova, tem a vida pela frente, não era para ser assim... Essa não é a ordem natural das coisas."
Terapeuta: "Mas, Isabella, que ordem natural das coisas? Não existe mais a ordem natural das coisas, você não percebe?"
Foi quando me dei conta de que aquela "velha amiga cansada de guerra ordem natural das coisas" está indo mesmo ralo abaixo. Dia após dia, pesquisas revelam mais esquisitices, bizarrices, pessoas desenvolvem doenças cada vez mais novas, a depressão está aí, apelidada de "o mal do século", a polícia que a gente não sabe se é bandido, o bandido que a gente não sabe se é polícia, cirurgias plásticas feitas a torto e a direito (Você sabia que, na China, as mulheres têm feito cada vez mais plástica nos olhos, numa tentativa de se "ocidentalizar"? Meu Deus!!!). Enfim, poderia ficar aqui até amanhã, listando práticas que provam que a "ordem natural das coisas"... essa sim foi à lua, viu a cobra fumar, a porca torcer o rabo e "otras cositas más".
Portanto, meus amigos, concluo que um deslize aqui, uma distraçãozinha ali... Tudo isso faz parte dessa "desordem natural das coisas". Podemos não gostar e reclamar dessa selva que o mundo se tornou (ou sempre foi) mas, querendo ou não, somos parte dela. E me parece que estamos aqui com a complexa e difícil missão de descobrir à que espécie de animal pertencemos.
Bem, o fato é que com a quantidade de comentários feitos em solidariedade às minhas maluquices - vide post abaixo - fiquei um tanto mais aliviada por saber que não estou mesmo sozinha nesse mundo acelerado que, muitas vezes, faz a gente se distrair mais do que o indicado. Sim, digo indicado porque, em alguns momentos, pegar carona numa nuvem para ir ao mundo da lua se faz muito necessário. Só é grave se você for até lá e resolver ficar. Aí a porca torce o rabo e a cobra fuma.
Mais aliviada ainda fiquei quando, trocando um dedinho de prosa com a minha terapeuta na semana passada, tentando entender o motivo de uma grande amiga ter desenvolvido uma doença tão nova, me dei conta de algo que ainda não havia pensado. Estabeleceu-se o seguinte diálogo:
Isabella: "Está tudo bem, a doença está controlada, ela está encarando com otimismo... Mas é minha amiga de infância, é nova, tem a vida pela frente, não era para ser assim... Essa não é a ordem natural das coisas."
Terapeuta: "Mas, Isabella, que ordem natural das coisas? Não existe mais a ordem natural das coisas, você não percebe?"
Foi quando me dei conta de que aquela "velha amiga cansada de guerra ordem natural das coisas" está indo mesmo ralo abaixo. Dia após dia, pesquisas revelam mais esquisitices, bizarrices, pessoas desenvolvem doenças cada vez mais novas, a depressão está aí, apelidada de "o mal do século", a polícia que a gente não sabe se é bandido, o bandido que a gente não sabe se é polícia, cirurgias plásticas feitas a torto e a direito (Você sabia que, na China, as mulheres têm feito cada vez mais plástica nos olhos, numa tentativa de se "ocidentalizar"? Meu Deus!!!). Enfim, poderia ficar aqui até amanhã, listando práticas que provam que a "ordem natural das coisas"... essa sim foi à lua, viu a cobra fumar, a porca torcer o rabo e "otras cositas más".
Portanto, meus amigos, concluo que um deslize aqui, uma distraçãozinha ali... Tudo isso faz parte dessa "desordem natural das coisas". Podemos não gostar e reclamar dessa selva que o mundo se tornou (ou sempre foi) mas, querendo ou não, somos parte dela. E me parece que estamos aqui com a complexa e difícil missão de descobrir à que espécie de animal pertencemos.
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