Quando um amigo parte, a gente perde o chão. Ainda por cima quando ele vai embora sem se despedir, sem avisar e de forma violenta.
No dia 26 de julho de 2004, minha vida mudou. Perdi o meu querido amigo Fernando Villela, o Fervil, assassinado com um tiro no coração, durante um assalto, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Em momentos de perda, como esse, a cabeça pira, a mente (que já é inquieta) dá piruetas sem parar e tudo acaba se tornando estranho, sem sentido. Procurei explicação no budismo, no espiritismo, em leituras sobre vida após a morte mas, como não sou muito ligada em religião (e sim em energia), acabei não conseguindo me confortar. Na verdade, tive uma longa conversa comigo mesma e encontrei a serenidade.
Mas, o que me fez mesmo respirar de novo aliviada foi me juntar a um grupo de pessoas bem intencionadas e dispostas, e colocar em prática o "Cinema da Paz", uma inciativa da qual tenho o maior orgulho. Uma sessão de cinema - que exibe um filme cujo tema é "violência" - seguida de um debate sobre o assunto. O primeiro ocorreu no dia 27/01/05, com a exibição de "Ônibus 174", no Armazém Digital, e foi um sucesso. Gente sentada no chão da sala! Sinal de que a nossa preocupação com o caos em que o Rio se encontra é a de muitas outras pessoas. Conscientizar e não deixar o problema sair de pauta é o objetivo deste projeto. E sinto que estamos indo no caminho certo.
Peço a todos que tiverem interesse em falar com o grupo, que enviem e-mails para contato@fervilvive.org
O próximo "Cinema da Paz" será realizado em parceria com o "Viva Rio" e deve acontecer em setembro. O tema: desarmamento. Confirmo mais perto, aqui mesmo, no "Mente Inquieta". Conto com a presença de todos!
Fiquem sempre bem e em paz...
quinta-feira, março 17, 2005
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