segunda-feira, janeiro 23, 2006

Mimetismo

O despertador toca às 17h e eu acordo de um sono de 40 minutos. A noite vai ser punk. O que me espera lá fora? A festa de 30 anos de uma renomada revista masculina. Hã? Diversão? Não, trabalho.

O despertador tocas às 7h e eu acordo de um sono de oito horas. O dia vai ser punk. O que me espera lá fora? A Favela da Maré, no auge de seus 40 graus de calor. Hã? Programa de índio? Não, trabalho.

As duas situações ocorreram comigo num curto espaço de tempo. O que me faz parar, pensar... E chegar à conclusão de que, apesar de faltar muita coisa pra viver nessa vida, já rodei bastante por aí, em minhas aventuras jornalísticas. E mais: é bom descobrir que a gente se molda a (quase) todo tipo de situação. Eu conto com uma espécie de mimetismo, que me salva em muitas situações e evita que eu sofra demais. Junto a isso está um realismo, um pé no chão (que chega a me irritar de tão no chão que é), dígnos de uma taurina legítima (mas, o meu ascendente é câncer e dizem que, depois dos 30, a gente vira o ascendente. será que eu vou viver nas nuvens a partir de abril deste ano?) Enfim, essa mistureba toda me faz viver experiências muito diferentes. E, no fundo, gosto que funcione assim.

Bom, depois de ler minhas palavras, até eu mesma me convenci de que quem escreve essas linhas é uma jornalista apaixonada, que morre pela profissão. Que nada... Gosto muito do que faço, mas penso bastante em, um dia, quem sabe, largar o osso para dar asas à minha imaginação, virar escritora, dona de pousada em Itacaré, sei lá...

Se você não havia entendido essa história de mimetismo, o parágrafo acima explicou, percebeu?! E chega de escrever porque estou meio enferrujada e já perdi o fio da meada. Tô indo. Cobrir um Rally, no meio do deserto... Uauuuu!

3 comentários:

Anônimo disse...

Uma coisa é certa...somos tantas em uma só pessoa que nos "adaptamos" a diferentes situações. Mas uma coisa é adaptação, outra é aceitação. Há situações pelas quais passamos para sobreviver. Há outras que gostamos de viver para passar por elas. C'est la vie!!! Quanto a ser canceriana, falo com sabedoria de causa, prepara-se para abraçar os problemas do mundo minha amiga, pois a gente sofre, viu? Mas também ficarás (mais) romantica, pois nós cancerianos somos incorrigíveis neste aspecto. Ah! Se precisar de alguém para administrar a pousada em Itacaré enquanto vc vira escritora...lembre-se de euzinha. Beijocas, Re

Marco disse...

Oi.
O que ouvi dizer que o ascendente só começa a influir na gente depois do quinto ciclo (cada um tem sete anos), logo, ainda falta muuuuito tempo para os seus 35.
A Re_Bonora está coberta de razão. Somos muitos.
Incluindo os lados profissional, emocional, familiar etc. etc.
E temos que ser inteiros depois de tudo.
Se for montar esta pousada em Itacaré, administrada pela Bonora, me avise. Passarei minhas férias lá, com uma ótima escritora. Beijão.

Anônimo disse...

Pô! Eu também queria administrar, com o seu tio, a pousada de Itacaré, mas cheguei tarde e a re_bonora já saiu na frente!!! Não há de ser nada, mas, se houver outra vaga prá qualquer outra coisa, tem por aqui um casal simpático e agradável (e modesto!) pro que der e vier, tá?
Um beijão na minha futura escritora.
Tia Sonia