O cenário a minha frente é o seguinte: mesas marrons, como aquelas de repartições públicas, máquinas mais ou menos velozes, pessoas bacanas conversando. Tudo isso sob uma luz feia, opaca. Mais próximo de mim, o computador onde escrevo. Em cima da CPU, uma bonequinha jornalista e uma bruxinha de cabelos longos e pretos, nariz protuberante, verruga no queixo, pronta pra decolar.
Engraçado, parei na bruxinha e fiquei. Horas a fio, olhando fixamente aquele ser que, até onde sei, só existe nos contos-de-fada. E, apesar de não ter nenhum semelhança física com ela - pelo menos, eu acho - me transferi para aquela vassoura e decolei junto com sua dona. Ufa! Quase não a alcanço no solo!
Vou explicar: às vezes, tenho uma vontade louca de embarcar num desses transportes "mucho locos", tais como vassouras de bruxas, carros do futuro, cachorro da "História Sem Fim", nave do E.T e fazer uma viagem. Sei lá pra onde. Ligar o piloto automático e partir. Tem gente que não é nada adepta, mas eu gosto - e muito -de embarcar rumo ao desconhecido.
Onde fui parar, já não sei mais, não lembro. Mas, quando voltei percebi que preciso fazer mais viagens como essa. É necessário desligar, entrar num lugar que nem você sabe onde fica. E voltar. Ouvir o sino e voltar renovada. Nem que seja por um minuto. É necessário, é preciso. Não sei o motivo. Mas, sei que é.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
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3 comentários:
O motivo dessa viagem é: a rotina massacra, cansa.... Temos sempre uma necessidade de mudar alguma coisa para nos sentirmos melhores, renovados.. Quer coisa melhor que programar as férias, por exemplo? Escolher para onde ir, contar os dias para chegar a hora, ver coisas novas, viver situações diferentes, com amigos, parceiros e enfim.. mudar o ar, o ambiente.. Até mesmo na própria cidade, quando a gente pega uma praia em plena segunda feira sem culpa..
Quer viajar melhor ainda? Lembre de uma viagem inesquecível que já fez, nos mínimos detalhes ou pense na próxima que vai fazer (nos mínimos detalhes também). Só cuidado, pode não conseguir voltar...he,he,he..
Viajar é muito bom. Nem que seja na imaginação (a vassoura, o tapete mágico, o cachorro voador de quem não é personagem da ficção).
Beijo.
Acho que vc só esqueceu do tapete mágico do Alladin e da máquina do tempo...Concordo em gênero, número e grau: viajar é preciso! Pode ser para longe, para perto ou somente na imaginação. A grande vantagem? Ninguém apaga de nós os momentos em que viajamos. Isto ninguém nos rouba. E é, na minha opinião, nossa maior riqueza. É como escrever! E isso você faz como ninguém. Keep going!!!
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