quinta-feira, março 16, 2006

A Felicidade e o Medo

Um dia, minha terapeuta disse:

"É, Isabella, na maioria das vezes a felicidade vem acompanhada do medo. Medo que ela acabe logo, que seja um momento muito passageiro".

Fiquei pensando sobre essa frase alguns dias e descobri que a afirmação procede. Num dos meus textos anteriores, já havia dito que a vida arruma pra depois desarrumar e assim corre o ciclo. Uma hora está tudo bem, outra hora nem tanto. Mas, é curioso mesmo como momentos de plena felicidade vêm acompanhados do medo. Estou numa fase em que chego em casa do trabalho e não quero mexer no cenário que encontro. Às vezes, a casa vazia, arrumadinha do nosso jeito, o silêncio da mata; outras vezes, maridão saudoso, a cama desarrumada, a louça por lavar... Não importa com o que me deparo, não quero mudar. E, de repente, sou invadida por um sentimento de felicidade plena, como se o trabalho não tivesse me estressando, a grana não estivesse curta, eu não estivesse cansada, o Rio de Janeiro continuasse lindo e nada no mundo pudesse interferir sobre aquilo tudo. E é incrível como, imediatamente depois, vem um diabinho (aquele que não sai ali, da orelha esquerda) que diz: "Aproveite cada minuto dessa sensação, você não sabe o que acontecerá no próximo segundo". Isso acontece com vocês também, caros leitores? Ou sou uma paranóica de primeira "catiguria"?

Não tenho conclusões para esse texto. Brotou e fui escrevendo... Só sei que deitar ao lado de quem gosto, no fim de um dia cheio de tarefas a cumprir, tem sido a parte mais colorida de todo esse contexto.

3 comentários:

Marco disse...

Querida Isa, a Bela: antes de mais nada, deixa eu te dar os parabéns. Hoje, 16 de março, exatamente há um ano atrás, você inaugurava o seu blog Mente Inquieta. E hoje, 16 de março, exatamente há um ano atrás, eu começava o meu blog Antigas Ternuras. Temos blogs irmãos (eu escrevi um texto no Antigas Ternuras contando como virei blogueiro e você foi a "culpada". Está lá, depois você dá uma olhadinha). Parabéns pra nós!
Sobre o seu texto de hoje, eu acredito que devamos viver com delícia cada momento como se único fosse. Mas sem paranóias. Elas não servam para nada a não ser nos roubar parcelas de nossa felicidade. Carpe Diem, minha querida! Vivamos a vida com alegria e intensidade para termos antigas e eternas ternuras para lembrarmos quando formos sair dela!
Um beijo e mais uma vez, feliz aniversário para o Mente Inquieta: há um ano nos abrilhantando com textos de primeiríssima qualidade!

Anônimo disse...

Belzinha

Eu não sabia, mas, já que o Marco lembrou, tambem te mando um beijo pelo aniversário do Mente Inquieta. Está cada vez melhor!!! E assino embaixo sobre tudo o que ele falou do seu blog; estou inteiramente de acordo!

Mas, sobre o seu texto, meu amor, o que a sua tia vivida pode dizer é que isto é o AMOR!!!

E que vocês sigam sempre assim, procurando absorver todos os momentos de paz e felicidade que a vida lhes reservar.

Um beijo bem gostoso no casal

tia Sonia

Anônimo disse...

Bel,
A vida tem a cor que a gente pinta. A escolha é nossa. Mas quando se tem ao lado uma pessoa a quem se ama e que te ama de volta, acredito que tudo deva ficar mais fácil, mais tranquilo, pois na matemática do amor tudo se divide.
Beijos,
Re