sexta-feira, maio 19, 2006

Ciclo

As chaves abrem a porta e lá está aquela sala marrom, cheia de papéis e mobília velha, onde a modernidade jamais foi convidada a entrar. Ela senta, espera sua vez de... Deixa pra lá. As dores no pescoço são freqüentes e em outros locais (internos) do corpo também. Pensa na vida, nas contas a pagar, na saúde, na família, na unha que não faz há semanas... Ela está equilibrada, consciente, pé no chão. O telefone toca, mas ela não atende. Chega a sua vez. Vai. Seus dedos estão cansados. A escrita, agora, lhe faz mal. Parte. Parte aliviada, em busca do conforto do lar. Em busca de descanso. Em busca de paz. Ela os encontra, mas sabe que, mais cedo ou mais tarde, as chaves vão abrir a porta de novo e o ciclo vai recomeçar.

6 comentários:

Anônimo disse...

é isso aí...gostei de ler isso. Tenho profunda admiração por seus talentos e por esta força que parece não ter fim, mesmo quando parece estar acabando.
Vc é incrível
Sorte minha
bjs

Anônimo disse...

Fui eu...Cako

Marco disse...

Caraco! A Isa, a Bela voltou com força total! Tá cheio de textos para a gente comentar. Uêba!
Sim querida, tem dia em que a gente quer chamar um taxi para ir da cama até a pia do banheiro. É preciso ter forças. Mas isso eu sei que voc~e tem de sobra. Beijo procê.

Anônimo disse...

Misteriosa-mente inquieto talento para unir palavras côncavas e convexas. Gostei de passar por aqui... (grata pela visita lá nos meus horizontes!)

Anônimo disse...

Sapinha, querida, o que mais admiro em você é essa sua inquietude, não só da mente, mas de corpo. Busca beber de outras fontes para que dias como este tão bem descrito não se tornem constantes. Teatro, projetos, produção de casório...são tantos afazeres (graças a Deus) que não dá tempo mesmo de sua mente ficar ociosa (ainda bem!). Parabéns pela sua força! Sua garra! Beijo grande.

isabella saes disse...

Rezinha, vc é que é o máximo!!! Beijos.