quarta-feira, agosto 30, 2006

Só pode ser ficção...

A sensação é de que estou sentada na poltrona de um cinema vendo um filme de tema bizarro, cruel, desumano. Mas, quando caio em mim, percebo que não é filme. Realizo que aquela empresária realmente entrou na clínica veterinária, interessada em alugar o espaço para sua filha fazer daquilo um consultório dentário. E no caminho, cruzou com alguém... Doente? Não, perverso mesmo. Um vigia de 29 anos, que a dividiu ao meio e jogou as metades de seu corpo em ruas de Botafogo, aquele bairro pelo qual todos nós passamos quase sempre. Não era minha mãe, não era minha conhecida, mas sinto dor. Dor por ela, por sua família e por todos nós, reféns de uma cidade muito louca. De mundo muito louco. Mundo esse que os cineastas mais viajantes do planeta - mesmo aqueles movidos à muita droga - jamais imaginaram criar. Quanto mais realizar que esse mundo é real...

3 comentários:

Anônimo disse...

todo ser humano tem um pouco de jack estripador! Cabe a cada individuo manter seu jack dormindo. É parte do sistema acorda-lo de vez em quando.

Marco disse...

Eu não li sobre o assunto, mas fiquei sabendo.
Que coisa...
Às vezes, acho que abriram a porta do limbo, do inferno, sei lá... E despejaram tudo o que estava lá na Terra.
Vivemos tempos muito tristes, cara Isa, a Bela.
Beijo procê.

Anônimo disse...

Bel,
Infelizmente é triste nossa realidade. O medo é cada vez maior.E a sensação de que estamos rodeados pelo mal é cada vez mais inerente.Ainda bem que temos uns aos outros, poucas almas boas que se cruzaram neste mundo.
Beijos,
Re