
É o que diz o britânico Richard Wiseman, criador da "esquisitologia", ciência que estuda as esquisitices da vida cotidiana. O cara é ex-mágico e agora psicólogo... Um dos exemplos que ele dá para explicar essa afirmação é: a relação entre uma sexta-feira 13 e a ocorrência de acidentes letais. Uma pesquisa feita entre 1971 e 1997 revelou que o percentual de mortes em acidentes de carro que poderiam ser atribuídos ao dia fatídico foi de 38%. Para o cientista, o aumento de acidentes ocorre porque os motoristas ficam mais nervosos, sugestionados pela data. E por aí vai...Voltemos à China, um dos países mais supersticiosos do mundo. Muito se falou sobre isso nos jornais no período pré-olímpico, mas vale a pena lembrar aqui. A grafia do número 4 se parece muito com a da palavra "morte". Portanto, celulares com a presença do 4 são vendidos a preço de banana e muitos prédios da capital não têm o quarto andar - pula-se do terceiro para o quinto. Já a grafia do número 8 é muito parecida com a da palavra "prosperidade". Impossível pagar barato num apartamento no oitavo andar ou num celular com vários números oito. Uma quantidade recorde de casamentos foi marcada para o dia 08/08/2008, assim como a abertura dos Jogos Olímpicos. O canto dos grilos traz harmonia, por isso é raro passar por algum estabelecimento na cidade que não tenha um pobre grilinho cantando sem parar, dentro de uma gaiola presa à porta (foto). Enfim, são muitas crenças milenares, que o chineses levam a sério até hoje e acreditam em sua eficácia.
Agora vem a reflexão que não quer calar: a China tem um quinto dos habitantes do planeta, ou seja, um bilhão e trezentas milhões de pessoas. E é um dos países mais supersticiosos do mundo, como escrevi anteriormente. Aí, vem esse cara dizer que superstição mata? Sei não, hein...





