Minha gente, fui ao cinema ver um filme sensacional: O Corte, do grego Costa-Gavras.
Antes de falar sobre o filme, pausa para um momento "tira-onda"... Quando entrevistei Gavras, nunca ia imaginar que ele faria um filme tão cheio de humor negro (um dos meus gêneros prediletos) e realidade. Tudo num filme só. Não que eu tenha duvidado de sua genialidade. Não, isso não ocorreu em momento algum. Mas que o moço me surpreendeu, ah surpreendeu.
O filme conta a história de um super executivo da indústria de papéis, Bruno Davert (interpretado por uma espécie de Kevin Spacey francês) que, de repente, se vê fazendo parte das estatísticas do desemprego em seu país. Seu desespero é tamanho, que faz com que tenha uma brilhante idéia: publica um anúncio no jornal, como se a empresa contratante fosse ele. Não dá outra: milhares de currículos são enviados para a caixa postal. Bruno, por sua vez, recebe esses currículos e seleciona quem são seus concorrentes diretos para o cargo que deseja, numa determinada empresa. E aí? Resolve assassinar um por um para que a vaga seja sua.
Bom, não vou dizer que a idéia foi original, pois há alguns meses lemos no jornal que uma mulher, aqui no Brasil, matou dois colegas de trabalho porque queria tomar as vagas anteriormente ocupadas por eles. Gavras fez nada mais, nada menos, que um filme real. Quase um documentário. Cheio de humor (que para mim é negro) e com diálogos incríveis sobre a loucura que assola a vida do homem moderno. Só espero que o cineasta não tenha inspirado as pessoas com esse filme. O que vai ter de executivo morrendo, não vai estar no gibi! No fundo, no fundo é ficção, viu gente?!
Recomendo a todos. Agora vocês me dão licença, que vou iniciar a carnificina das colegas apresentadoras de TV... Ops!
terça-feira, maio 30, 2006
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7 comentários:
Pô, fiquei com vontade de ver o filme!
E confesso estar aliviado por ser homem; apresentador! Acho que isso me tira da sua lista de "elimináveis", né não?rs...
Bj, Bella Tama!
vc que pensa... cuidado!!!
Isa, a Bela, minha mãe-sapa favorita:
Fico feliz por você ter gostado. Esse é um filme que o velho Alfred Hitchcock assinaria embaixo. E não naquela bobagem do Woody Allen...
Eu não desacredito que já tenha gente pensando em cair matando os "concorrentes". Como eu te falei naquele nosso papo, a globalização está acabando com os empregos. Especialmente os empregos industriais. O funil está estreitando. A chamada contradição do capitalismo que Marx preconizou está se aguçando. Ainda bem que sou funcionário público e ninguém vai me encher os cornos de bala para pegar o meu emprego...
Um beijo, querida!
A propósito: Gostei de ver sua entrada no mundo das resenhas cinematográficas...Mandou bem!
(P.S.- Mas fiquei sem saber se você gostou do meu texto no Antigas Ternuras sobre a tal lenda mineira...)
Caramba...vou providenciar umas seguranças beeeeeeeem gatas pra minha escolta pessoal!hehehehehehe
Bj, Tama!
Quem nunca teve vontade de "matar" alguém no trabalho? Eu já tive, mas não por inveja, ou por achar que o outro seja melhor, pelo contrário, quando encontro adversários inteligentes é quando mais me estimulo a melhorar. Mas gente pequena, mesquinha, que te sacaneia pelas costas para te fazer de otário e se sobresair às suas costas...esses sim, tenho vontade de matar todos os dias! Não perderei este filme! Obrigada pela dica. Beijocas e boa semana.
Outro dia coloquei sianureto no suco da minha chefe, hoje eu sou a chefe... brincadeirinha, mas vou assistir o filme, os franceses são ótimos em comédias. Aproveito pra indicar um que assisti e gostei muito, Na idade da Pedra, com Gérard Depardieu.
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